
Os cientistas negam qualquer possibilidade de eventos catastróficos nos próximos anos, mas admitem que há mudanças no planeta que devem provocar alterações climáticas significativas para a raça humana. Contudo, eles entendem que essas mudanças, por enquanto, são quase imperceptíveis.
Uma das primeiras referências em relação a data, parte da antiguidade. Explica-se. Nas pirâmides Maias e Egípcias conta-se que existiria uma datação que acompanha os principais eventos celestes, ao que tudo indica uma espécie de efeméride – até hoje os astrônomos costumam apontar quando ocorrerão eclipses e alinhamentos, com projeção para 50, 100 anos. O curioso é que as duas civilizações enumeram os eventos astrológicos somente até 2012.
“A data de 21 de dezembro de 2012, no calendário Maia, conclui um ciclo de 5.125 anos, o que, para os Maias, é um movimento completo na história humana - englobando desde as origens da civilização até o período diante de nós, que eles pareciam considerar como um ponto de transformação inevitável para a evolução humana”, a afirmação é do americano Daniel Pinchbeck, que escreveu 2012: The Return of Quetzalcoatl.

A mestra de Kabalah, Tânia Carvalho, da AD’OR- Centro de Estudo da Kabalah, em João Pessoa, confirma a datação egípcia. “Eu sei que o calendário egípcio termina em 2012. A posição das constelações vão se repetir (Orion e Vênus) coincidindo com a época do fim de Atlântida”, conta.
Essa data marcaria também um movimento drástico do eixo do planeta, que ocorreria devido a distúrbios nos campos magnéticos do Sol que, gerando colossais tormentas solares, afetarão a polaridade de toda a Terra. Há várias teorias sobre o que acontecerá com o eixo, alguns afirmam que a mudança no eixo acarretaria uma inversão dos pólos da Terra.

Segundo a cientista Ana Maria Zodi, da divisão de Astrofísica do INPE, existe sim o movimento do eixo da Terra e ele dura cerca de 26 mil anos. É este movimento que marca o início das eras a cada 2 mil anos aproximadamente. “Atualmente, no dia 1 de março o Sol está na constelação de Aquário, ao passo que na antiguidade estava na constelação de Peixes”, explica. Um outro dado interessante, revelado pela cientista, é que agora, com o atual deslocamento do eixo, a Terra não gira mais sob 12 costelações, surgiu mais uma, a de Ofiúco, a constelação da Serpente, entre Escorpião e Sagitário.
Nostradamus já falava do surgimento de Ofiúco e mencionava o alinhamento com o centro da Galáxia como um dos sinais do fim do mundo. Segundo o profeta, o centro da Galáxia está exatamente na lacuna entre Escorpião e Sagitário, na direção do signo que até então estava oculto. Vale ressaltar que a serpente é um dos animais que aparecem no livro do Apocalipse.
Todavia, a cientista do INPE nega que explosões solares possam ter alguma interferência no movimento do eixo da Terra, mas admite que terremotos e tsunamis podem acelerar esse deslocamento: “é sabido que os terremotos causam variação na distribuição de massa da Terra, ocasionando uma variação na sua rotação. No entanto, essas variações são praticamente imperceptíveis. O terremoto que causou o tremendo tsunami em dezembro de 2004 na Indonésia, por exemplo, produziu um desvio do pólo da Terra de cerca de 2,5 cm e um decréscimo na duração do dia de 2,68 milionésimos de segundo (isto é, a rotação da Terra aumentou), segundo cálculos de pesquisadores da NASA”, pontua. Além de como enxergamos os céu e as constelações, o movimento do eixo também tem relação com as estações do ano, assim, no futuro, lugares que são mais quentes atualmente passarão a ser mais frios.
Sobre as explosões solares, realmente a NASA, a Agência Espacial dos Estados Unidos, afirmou que existem estimativas que apontam para uma intensa atividade solar entre 2010 e 2012. Contudo, a cientista minimiza: “as explosões solares intensas podem causar grandes danos em equipamentos e sistemas de comunicação, inclusive no espaço, e constituem riscos para os astronautas. Mas não causam catástrofes globais na Terra”. O diferencial é que alguns cientistas afirmam que essas atividades poderão ser as maiores dos últimos 50 anos.

Segundo o professor, quando as explosões solares estão em maior atividade, a freqüência de raios cósmicos que chegam a terra é menor. Isso se inverte nos anos de maior atividade solar. Os raios cósmicos são partículas de altíssima energia que vem do espaço distante e incidem no planeta, produzindo lesões na superfície da terra. Ainda, há uma correlação direta com a cobertura de nuvens em todo o planeta, o que afeta o clima. Quando há maior incidência de explosões são verificadas menos nuvens no céu. “Existem alguns estudos que apontam para grandes secas na região do nordeste na ordem de 10 e 12 anos, exatamente o ciclo de explosões solares”, pontua, explicando que esta pode ser apenas uma tendência, não uma regra fechada.
Existe mais um elemento nas previsões do fim do mundo. Entre o meio esotérico e espírita, e nas previsões de Nostradamus, fala-se também da vinda de um asteroide em rota de colisão com a Terra. O astro teria sido descrito pelo profeta Daniel e seria a “grande estrela ardente com um facho, chamada Absinto” do Apocalipse de João, ou “o novo corpo celeste” de Nostradamus. Ele também foi descrito como o “planeta chupão” por Chico Xavier, ou ainda o “Nibiru/ Marduk” dos Sumérios e o “Hercólubus” da turma da Gnose.

O que se sabe de fato é que há cerca de alguns anos a própria NASA chegou a anunciar que um asteroide se aproximaria do planeta por volta de 2012, mas negou logo em seguida. É verdade que a NASA tem um programa que monitora asteróides próximos da Terra, o “Near-Earth Object Program (NEO)”. Também é calculado o risco de impacto. Segundo o site do programa http://neo.jpl.nasa.gov/risk/, as probabilidades de impacto dos asteróides monitorados até agora são muito baixas.
A mestra em Kabalah, Tânia Carvalho, que já conhece os prognósticos sobre 2012 considera que não é bom viver em função de uma profecia, mas ela lembra um papiro egípcio que fala que antes o sol nascia no oriente. “Se apresenta para isso uma estela onde dois leões estão de costas um para o outro com o símbolo do sol poente no centro”. Segundo ela pode haver um Apocalipse, mas quem decide mesmo é uma consciência superior.
“A gente faz o mundo como a gente acredita. Da mesma forma que a gente cria um mundo de cataclismos, maldades, a gente também poder recriar o mundo. Finais sempre existirão, nada é para sempre. Como tudo tem um início, tudo tem um fim. O eterno é a nossa voz interior que nos conecta com o universo e essa força superior que comumente chamamos de Deus”, ensina.
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