quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Largo da Gameleira e a fonte da Lagoa


João Pessoa está de parabéns. Cada vez mais sendo embelezada, a capital já pode começar a reclamar mais atenção dos turistas e de seus cidadãos. No final, quem usufrui, de fato, das melhorias na cidade no seu dia-a-dia.

As últimas obras entregues pela prefeitura da capital, sob a batuta de Luciano Agra, foram o Largo da Gameleira e a Fonte da Lagoa.

O Largo da Gameleira me tomou de surpresa. Lembrava apenas das manchetes nos jornais e portais falando da derrubada das barracas próximo ao Bahamas e esperava ver um entulho no local. Qual foi minha surpresa ao presenciar o espaço aberto do Largo e a visão do mar, antes escondidas pelas barracas feias da orla.

Além da visão gratificante do mar ao descer a Ruy Carneiro ou passar pela orla naquela área, ainda há, agora, um espaço mais largo para caminhar, salpicados de árvores. Perguntei-me de onde surgiram as árvores tão harmonicamente colocadas no Largo, depois me dei conta: elas sempre estiveram ali, mas estavam ocultadas pela balburdia de barracas, mesas e concretos.

O chão do Largo também foi modificado, agora é feito de tijolos intertravados nas cores cinza, preto e vermelho. Uma obra no seu centro, a ‘Saudação ao Sol’, do artista plástico paraibano Ercison Britto, terminam de compor a paisagem, bastante agradável, diga-se.

As obras na área resultaram no investimento total de R$ 1,4 milhão. A região da gameleira já tinha sofrido uma alteração anterior, quando o Mercado de Peixe recebeu um novo prédio, espantando de vez a fedentina do local.

A prefeitura também vem recuperando e alterando todo o calçadão de Manaíra. Retirou as barracas que serviam àquela praia e vem mudando o piso em toda a extensão.

A proposta de resgatar as áreas pouco valorizadas da orla de João Pessoa foi iniciada em 2005, ainda na gestão de Ricardo Coutinho, com a implantação do novo piso para o calçadão na orla de Tambaú e Cabo Branco. Também foi realizada a restauração da iluminação ornamental e, posteriormente, a construção de ciclovias, bem como o projeto de reurbanização da praia do Bessa, que contou com a pavimentação de ruas, calçadão, estacionamento e iluminação ornamental.

No que diz respeito à orla só há um problema: a prostituição de garotas e travestis. Não posso dizer que a retirada das barracas contribuiu para o aumento da prostituição, mas é verdade que o número de trabalhadores do sexo subiu consideravelmente. A freqüência de usuários – para os dois públicos – também é alta.

Tive a oportunidade de verificar a rotatividade dos travestis de uma das esquinas numa noite de sábado. Os rapazes trabalham a noite inteira. E os carros que param não são nada simplinhos...

Acho que eles ganham o dinheiro de uma forma honesta, apesar de na maioria das vezes degradante, são ‘de maior’ e livres para fazer com suas vidas o que acharem melhor. Mas, penso se não haveria alguma forma de resolver essa ocupação estranha da orla à noite. A prostituição é uma situação e um assunto delicado... É uma realidade, antes de tudo, que é praticada às vezes por necessidade, outras por prazer. E há ainda aqueles que fazem pelos dois motivos. Bem, não tenho idéia de como resolver isso, mas fica a constatação.

Sobre a fonte da Lagoa, confesso: vi apenas em vídeo. Mas já era tempo de dar um jeito na fonte acanhada que a Lagoa ostentava. Essa nova ferramenta com música e cores, também é uma novidade bem vinda.

A fonte do Parque Solon de Lucena tem jatos de água sicronizados com a música tocada nos sonofletes – caixas de som instaladas nos postes de iluminação do anel interno. O jato principal chega a atingir dez metros de altura. A nova estrutura conta com 17 conjuntos de moto-bombas, estrutura em fibra de vidro flutuante, 265 bicos aspersões, 57 refletores de 1000 W, casa de máquinas totalmente reformada e subestação de 300 KVA.

É um belo presente de fim de ano. Agora só falta resolver o trânsito. Esse dá dor de cabeça.

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