terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Parque Sólon em Flor, uma experiência solar


Ontem (dia 27/12) desci do ônibus (voltei a andar de ônibus, não só porque gosto, também em vias de algumas necessidades) e dei de cara com um Parque Sólon de Lucena iluminado. Não era noite, passava pouco das 7h. Os Ipês amarelos estavam em flor e despejavam uma chuva de flores sobre a grama.

É engraçado, não dá para descrever a sensação acompanhada à cena. As palavras são curtas para expressar realmente tudo que presenciei.

O sol iluminava o parque de uma forma que fazia parecer que flores, não eram flores, mas raios de sol que atravessavam a atmosfera e vinham se despejar na terra, servindo de tapete aos privilegiados homens e mulheres que passavam. O tapete amarelo no chão do parque criava uma atmosfera que era um misto de diversão e encantamento.

Algo mágico acontecia... Esses eventos naturais tocam uma melodia qualquer que vibra e faz aquecer o coração. Era como se ali, na beleza em movimento da paisagem, eu pudesse ver Deus. Vocês podem dizer que eu estou exagerando, mas não estou. A sensação foi realmente essa.

A mistura de luz e sombra, de cores e temperaturas e a bela demonstração de desapego das árvores que se desfaziam de sua lindas cabeleiras provocava um estado de quase êxtase.

Tive vontade de ficar ali, parado, apreciando o espetáculo.

Em meio a loucura dos dias, do consumismo do Natal, dos números frios da economia, das necessidades umbilicais, os Ipês floresciam e, ano após ano, davam um espetáculo gratuito, sem escolher quem iria presenciar sua bela 'apresentação'.

E, infelizmente, alguns poderão passar e ver apenas a chegada de uma nova estação.

E eu com as palavras curtas, pequenas e insignificantes demais para expressar a magia que foi aquele início de manhã de segunda-feira.

Foto: Demétrius Oliveira

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